Observando
os comissários da Tam servindo os passageiros enquanto a turbulência corria
solta pelo céu cinza chumbo entre São Paulo e Rio de Janeiro nessa manhã de
sábado, 12/5/12, tive a certeza que qualquer sentimento de rejeição que tenha
relativo àquela empresa não pode se estender aos funcionários.
Os
acontecimentos de um passado recente em que Varig e Tam estiveram envolvidas se
restringem aos diretores, Governo e figuras pardas, portanto, à eles se deve
restringir qualquer tipo de ressentimento, mágoa, revolta e toda forma de
disposição emocional antipática.
Os
funcionários, em particular, os tripulantes não merecem que nos comportemos
como uma minoria ressentida da extinta Panair colocando culpa pelo fechamento
daquela empresa nas pessoas que estavam em terra ou a bordo somente para servir
os clientes, e o fizeram e o fazem bem.
Queremos, e
sei que este tipo de desejo é compartilhado pela maioria dos funcionários variguianos,
que os voos deles saiam tranquilos voando em céus de brigadeiro e que no seu
retorno a casa seja para descansarem de jornadas aéreas e jamais para amargarem
culpas que não lhes pertencem.
Não serei eu a
compartilhar tal sentimento que no passado tanto me fez mal. Meu fígado, minha
alma e minha eterna condição de comissária de voo agora estão em paz.
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