Fofoca: “Cala-te Esperança, aqui não tens mais vez!” Gritou a Desesperança
Caro ex-comandante da Varig, o que posso lhe dizer diante desta realidade tão obscura, tão mesquinha e tão sofrida? Que o senhor continue a sofrer, com esperança no coração mesmo sofrendo? Ou parar de esperar para não sofrer mais? Como parar de sofrer se o sofrimento é o mesmo quando se espera ou até mesmo quando se desespera diante deste caso AERUS? Meu nobre Senhor Comandante, pare de escutar-se em seu desengano interior! Nada escute! Procure reacender a chama da esperança catando graveto por graveto em meio a este terreno pantanoso, preservando fagulha por fagulha e espantando a desesperança que teima em destruir esta sua chama que clama por uma solução favorável diante do QUASE, que vira um “não quase”, de uma solução anunciada que “o não ainda é agora” e do não total que nunca vem... Como anda o herói de sua alma, meu nobre comandante? Não permita que ele pereça mesmo sabendo que muitos dos nossos “pereceram” mesmo alimentando a esperança do dia a dia, consecutivos, nestes OITO anos de dor... Quantos anos de trabalho, impostos pagos, INSS em dia, Previdência Complementar paga sem falha, para hoje... O seu herói interior sofre uma frustração solitária pela vida que o senhor mereceu, meu comandante, mas que lhe fora negada pelos ladrões do povo, de um governo cruel e insensível; foi isto que o senhor mereceu meu ilustre homem do ar, tornando-se incapaz de alcançar o mundo conquistado, pois ele existe, ele é real, ele é palpável mas que lhe fora surrupiado...
Hoje, por não viver sua esperança de um idoso feliz, fazendo jus ao provento que lhe é devido, comovido, o senhor transformou em estátua a sua esperança, colocando-a num pedestal secreto, onde ao sabor de pensamentos fugidios a sua dor foge e a esperança renasce como uma criança no albor da vida... Eis a sua foto clicada, na praia de mar tranqüilo, ondas vadias, o senhor deu-nos as costas, assim sua criança ordena: “não quero aparecer, me nego!” Tão cauteloso fez-se em seus cuidados de não mostrar-se ao mundo, que por zelo demais, ficaram à mostra o uniforme da companhia aérea que tanto amou, a bagagem, tudo isto irremediavelmente grudado à sua vida de um infeliz aposentado... Fez-me chorar, sabia, minha bela criança sofrida? Mas eram tais os seus cuidados com a estátua esperança, tão grande a dor de não poder vivê-la, que em um determinado dia, em desespero o senhor decidiu-se: Mato-a, maldita esperança! E foi assim que triste como uma noite chuvosa, em meio às pragas e maldições, abriu seu coração diante da estátua Esperança porque estava cansado de muito esperar...
Nobre comandante, junte os cacos do que resta da estátua Esperança e una-se a nós nesta SEXTA FEIRA, una-se a este mundaréu de aposentados maltratados por este (dês)governo cruel! Vamos gritar, vamos pular (os que podem pular), vamos mostrar à população o DRAMA que sofre o infeliz aposentado brasileiro! Idosos sofredores, que em meio a tantas dores, poderiam ter desesperança para não se decepcionar com o medíocre. Seria um toque menor de indiferença, mas esta seria a solução de como estes miseráveis aposentados gostariam de vivenciar as coisas e os momentos... Por isto, sofremos a pena máxima por tamanhas esperanças e esperarmos coisas que muitas vezes deixam de acontecer... Como este ano é o ANO das eleições, quem sabe? Uma notícia ALVÍSSARA há de nos acometer!...
“O medo, a desesperança, o fracasso e a descrença deveriam ser aniquilados do ambiente humano, pois sob nenhum aspecto faria falta ao ser humano”.
Carlos Lira
Francisco Barros
Ele me falou que era ex-comandante da VARIG. Estava revoltado. Se negou a dizer o seu nome e a se deixar fotografar. Falou rispidamente em inglês, pedindo que o deixasse em paz… Então, sem ele perceber, tirei as fotos (pelas costas) com o meu celular.
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