Capa do livro

Capa do livro

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Leitor Eduardo Braun e seu relato


Estimada Claudia, boa noite!

Desde o lançamento do teu livro, eu estava doido para o ler...
O fato de minha esposa estar fazendo um concurso público na PUC de Porto Alegre, acabei dando um pulinho no Bourboun Country, na livraria Cultura, para dar uma olhada nos livros...E me lembrei do ESTRELA...

Te digo que no dia em que comprei o livro, já li quase metade dele. Uma leitura agradabilíssima, o livro parece um poema do inicio ao fim...Li e reli várias partes e concluí hoje a leitura do mesmo...A forma como você escreve, "linkando" os acontecimentos históricos, a história da Varig e o cotidiano do dia a dia, leva-nos a uma viagem muito bacana pelo tempo em que os céus eram mais bonitos, cortados pelos jatos de nossa pioneira...

Sou engenheiro de produção, aficionado por aviação, desde os tempos de guri. Tempos em que fazia meu pai me levar de Novo Hamburgo a Porto Alegre para ficar tardes pendurado na sacada do Velho Salgado Filho, olhando os lindíssimos DC-10, 737, 727, entre outros pousarem no chão Porto Alegrense com a sua reluzente pintura da Pioneira...Me orgulhava de ver nos monitores do aeroporto quase só voos RG...

Meu primeiro voo, foi a bordo de um 737-300 da Varig...Eu tinha 15 anos (agora tenho 32, kkkkkkk) e nunca mais vou me esquecer do voo que saiu de BSB com escala em CWB chegando a POA, no fim de minhas férias na casa de meu tio...A limpeza irretocável do Boeing, as casinhas pequeninas passando lentamente na janela, um serviço de bordo maravilhoso, comida excelente...Nossa, esse foi um dos dias mais felizes da minha vida!

Hoje, meu trabalho exige que eu viaje muito, ande muito de avião, te asseguro que já andei como todas as companhias aéreas brasileiras, e algumas da América Latina, mas nunca mais tivemos a honra de ser servidos por uma companhia aérea como a Varig. Eu cheguei a pegar a faze ruim da Varig, tinham inclusive alguns voos nos tempos das incertezas. Mas sempre preferi andar nas asas da nossa querida Varig, que além de tudo, levava o nome do Rio Grande no nome... A Varig era linda de se ver. Tudo funcionava, o serviço impecável, gente educada, fina, cortês e disposta a fazer a diferença. Fazer cada PAX se sentir único e cada voo ser realmente um evento memorável na vida das pessoas. Agora no Brasil, temos exemplos péssimos, aviões apertados, sujos, tripulantes mal educados, serviço de terra sofrível, desrespeito e tem companhia aérea que tem até a bandeira do Brasil costurada de cabeça para baixo nos uniformes...um absurdo! Os últimos suspiros da nossa Varig, te asseguro, fazem parte dos dias mais tristes da minha vida. A propaganda dos 78 anos, narrada pelo Hugo Carvana, é uma triste e melancólica despedida. Tu não sabe da minha alegria estes dias em voar num avião da Gol logotipado com Varig. Mesmo não tendo nada a ver com aquela companhia aérea que tanto amamos, só o fato do avião estar assim caracterizado, já me fez viajar no tempo e buscar no "hd" um monte de boas recordações...

Meu trabalho, na área comercial de uma cia. multinacional de origem Italiana, me fez ter muita identificação com muito do que você escreve...estar na veia servir, se tornar seletivo com o atendimento prestado à gente, por enxergar as coisas que jamais faríamos aos nossos clientes...

Bem Claudia, trago o contexto acima, por que sou realmente apaixonado por aviação... Minha esposa me pega de vez em quando pendurado na internet, olhando os vídeos das propagandas da nossa Varig, lendo blogs revendo todo o tipo de reportagem sobre a aviação. Teu livro é uma obra prima, um retrato perfeito e muito bonito desta época onde a aviação causava emoção nas pessoas...Gostaria de deixar registrado aqui que a tua obra, é fantástica no sentido de registrar e trazer muitas curiosidades, que ficarão eternizadas nas páginas do Estrela Brasileira. 

O meu objetivo com esta mensagem é agradecer pela prazerosa leitura, dizer-lhe o quanto é importante este registro histórico, é transmitir a você o desejo de todo o sucesso do mundo com seu livro, muita felicidade e que não pare de lutar pelos direitos que lhe são devidos. Espero de coração, que você e os inúmeros funcionários da Pioneira tenham um dia o que merecem.

E uma coisa mais: saibam que vocês são realmente verdadeiros embaixadores do Brasil e representantes da história da aviação brasileira, que o trabalho de gente como vocês, já deu muito orgulho a população brasileira e com certeza, será sempre lembrado e guardado nos nossos sonhos e corações!!!

Novamente meus PARABÉNS!!!!!!!!!!!!!!

Um forte abraço e saiba que tens um (mais um!) fã depois da leitura do teu livro!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


sexta-feira, 25 de maio de 2012

Tributo


TIETA…GEM

Novelas, assisto sim.
Não me venha dizer que é anticultura. Elas sempre acrescentam algum conhecimento, principalmente por mostrarem pedaços e culturas brasileiras que desconhecemos. Elas esmiúçam o palavreado, o jeito, a gastronomia, os lugares típicos, os preconceitos, os grupos sociais, o recato, a malandragem, as sutilezas, as delicadezas, os dramas, os segredos e tantos outros adjetivos que nos enredam em entendimentos.
A experiência de ser telespectador na prática nos coloca na posição de críticos e haja talento do autor/a para que seja prazerosa.
A construção do texto, os personagens, os diálogos, o suspense, a continuidade, a direção, a escolha das locações, dos atores e atrizes, dos figurinos, a caracterização, a trilha sonora, e tudo que envolve a produção em si são meticulosas e seu objetivo é entreter àquele que assiste.
Jorge Amado era um construtor de histórias com personagens marcantes, e isso foi constatado pelos milhões de leitores de seus livros. Um, em especial, teve desdobramentos em outras mídias. Tieta do Agreste virou novela da Rede Globo em 1989, filme de Cacá Diegues em 1996, além de musical em 2008, estrelado por Tânia Alves.
Eu, leitora voraz, não fiquei impune à leitura envolvente do livro e vibrei quando do lançamento da novela.
Ah! Essa novela..., a adaptação televisiva do romance me cativou, ou melhor, me transformou em prisioneira da tela, uma refém do horário das oito.
Tieta é expulsa de casa por Zé Esteves, seu pai, devido ao seu comportamento liberal. Humilhada foge para São Paulo. Reaparece em Santana do Agreste vinte e cinco anos depois com o intuito de se vingar da família e daqueles que a maltrataram no passado. Rica e poderosa, seu aparecimento causa furor na pequena cidade e muda a rotina dos moradores locais.
Eu poderia resumir a novela, mas esse não é o meu propósito, até porque grande parte da população brasileira conhece o enredo. O que me levou a escrever este texto foi uma sensação única e privilegiada que me impressionou durante a aula de hidroginástica desta quarta-feira (23/5). Stella Torreão, nossa professora, colocou a música “A Luz de Tieta”, de Caetano Veloso e na plataforma da piscina encontrava-se Betty Faria, a personagem. Era a “criatura” e sua trilha sonora. Fiquei observando a cena e fui assaltada pelas emoções da época da novela. Naquele instante, me dei conta das facilidades cariocas, da proximidade dos artistas a quem admiramos. Betty/Tieta me arrebatou durante 196 capítulos e hoje privo de sua amizade. É, isso aconteceu. Deu-se no banheiro da academia, ali as mulheres se desnudam duas vezes todos os dias, primeiro para tirar o maiô e depois do banho quando sacam suas toalhas sem pudores, para colocarem seus modelitos. E, entre nós, não foi diferente, no tapete úmido os pés descalços e a indiferença com o corpo alheio, só as conversas e consequentes risadas importam. Ficamos amigas e na nudez somos todas iguais. Mas ela ainda é um ícone e na plataforma eu a reconheci como a grande atriz que eletrizou o Brasil.
Confesso, fiz TIETA...gem.

domingo, 20 de maio de 2012

Leitores que me emocionam.



Para a minha querida cláudia Claudia Vasconcelos... a prometida foto! Deste lindo livro o qual lí e relí e, seguramente lerei outras vezes mais.


E o comentário de outro leitor: 
Luís Nunez Eu tenho a versão digital... Esse livro é nota dez e é relíquia... vale a pena comprar...

terça-feira, 15 de maio de 2012

O Estrela Brasileira continua na lista dos top ten


há 2 horas 


Os dez mais da KBR em maio
1. Quando dois caminhos se encontram
2. Estrela Brasileira
3. A menina da coluna torta
4. Peças Fragilizadas


# Após 1 ano do lançamento do livro em papel, o Estrela Brasileira continua na lista dos mais vendidos.

15/05/2012

sábado, 12 de maio de 2012

Não serei eu.



               Observando os comissários da Tam servindo os passageiros enquanto a turbulência corria solta pelo céu cinza chumbo entre São Paulo e Rio de Janeiro nessa manhã de sábado, 12/5/12, tive a certeza que qualquer sentimento de rejeição que tenha relativo àquela empresa não pode se estender aos funcionários.
Os acontecimentos de um passado recente em que Varig e Tam estiveram envolvidas se restringem aos diretores, Governo e figuras pardas, portanto, à eles se deve restringir qualquer tipo de ressentimento, mágoa, revolta e toda forma de disposição emocional antipática.
Os funcionários, em particular, os tripulantes não merecem que nos comportemos como uma minoria ressentida da extinta Panair colocando culpa pelo fechamento daquela empresa nas pessoas que estavam em terra ou a bordo somente para servir os clientes, e o fizeram e o fazem bem.
Queremos, e sei que este tipo de desejo é compartilhado pela maioria dos funcionários variguianos, que os voos deles saiam tranquilos voando em céus de brigadeiro e que no seu retorno a casa seja para descansarem de jornadas aéreas e jamais para amargarem culpas que não lhes pertencem.
Não serei eu a compartilhar tal sentimento que no passado tanto me fez mal. Meu fígado, minha alma e minha eterna condição de comissária de voo agora estão em paz.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Quando a arte comove.


Rio de Janeiro, 5/12/2011

Vera,
Já passa de meia-noite e cá estou tentando achar as palavras que caibam para descrever a emoção sentida ao assistir “Palácio do Fim” nesse domingo.
Ali na cadeira 16 primeiro olhei com minúcia o teatro de arena que tanto aproxima atores da platéia e deixa fluir as vibrações em encontro que comove, move e alimenta; depois me mantive alerta para a expectativa instalada em vê-la em cena, visto que a tela de televisão já havia mostrado sua habilidade em perceber, emocionar e levar ao público o texto do autor.
O elenco, a direção, a cenografia, a iluminação, os figurinos, o programa, a criação musical, são irretocáveis. O texto denso, marcado, forte, tensiona músculos, seca a saliva e joga adrenalina do palco aos espectadores. A peça vai num crescendo, abalando, impressionando e trazendo a tona tragédias de pessoas que vivenciaram a ditadura iraquiana, a arrogância daqueles que se julgam no direito de invadir um país para melhorá-lo, usurpando sua cultura, roubando-lhes direitos, querendo impor-lhes ocidentalização, arrancando-lhes as raízes e daqueles que, mesmo negando o motivo, assistiram torturas, estupros e mortes descabidas.
Sua interpretação de Nehrjas Al Saffarh vai aumentando de intensidade, seu olhar ganha força, suas mãos tremem, sua voz atordoa e seu gestual imitando o ventilador faz as pás dos corações presentes girarem como móbile enlouquecido em furacão, culminando com nossas lágrimas pela dor de seus filhos, de sua pátria, de seu marido, de suas crenças. Magistral!
Sou uma apaixonada por teatro, por arte, pela criatividade do autor, pela doação dos atores e sei o quanto é importante a manifestação do público, da admiração, dos aplausos. Ver e fazer parte do público que os aplaudiu em pé por tantos minutos me fez entender mais do que nunca a frase de Confúcio: “Escolha um trabalho que ama e não terá que trabalhar um só dia em sua vida”. Se ela foi fundamental em minha vida de aeromocinha, tenho certeza que lhe cabe como direito, já que atuar seja tão natural para você.
Obrigada por horas inesquecíveis, obrigada por me fazer chorar. Perdoe-me se mal falei com você, estava perplexa com tantos sentimentos. Aguardarei seus comentários sobre o Estrela Brasileira.

Cláudia Vasconcelos

domingo, 6 de maio de 2012

Comentário do leitor Luiz Vieira


Cláudia, pensei que o livro seria para o momento relax antes de dormir, porém foi impossível aguardar tal a ansiedade que me encontrava. Desde que soube do lançamento e vi o 707 na capa entrei em uma ansiedade típica dos jovens. Encomendei on line e recebi ontem na porta de casa. Valeu pelos momentos que proporcionou-me choros e risos ( ambos de alegria ). Entrei na aviação em 1977 por que tinha o desejo de alçar vôo como você e assim o fiz, tenho certeza que cumpri direitinho minhas obrigações, inclusive as dos longos plantões sobre o Atlântico a caminho da Europa, algumas vezes sobre o Pacífico e até sobre o Índico sobrevoando a 4ª maior ilha do mundo (lembra-se da passagem no livro ?) Muito obrigado pela maravilhosa narrativa e que Deus te ilumine sempre. Um forte e sincero abraço!!!!

Bom dia Cláudia, amanheceu um dia meio lusco fusco e após o café matinal comecei a reler sua obra. Sua precisão em detalhes faz-me voltar ao tempo do glamour aéreo. Uma vez mais muito obrigado por colocar em minhas mãos uma obra maravilhosa. Bom e maravilhoso final de semana!!!!