Capa do livro

Capa do livro

sábado, 29 de setembro de 2012

Onde o "Estrela Brasileira" pode ser adquirido.

Acabei de receber mais dos inúmeros e-mails com o mesmo teor: onde adquirir o livro "Estrela Brasileira"? Se pode ser encontrado em alguma livraria?

Pois bem, o "Estrela Brasileira" está disponível nos sites da Livraria Cultura,
 Livraria Saraiva, Livraria Galileu, Loja Singular e de minha editora KBR. O livro "físico" raramente é encontrado em livrarias, pois eles fazem contratos absurdos com o autor, por isso desisti de atendê-los. No entanto, através dos sites é rápido e garantia de entrega em poucos dias.
Os links onde as pessoas podem efetuar a compra:
Cultura:
http://www.livrariacultura.com.br/scripts/resenha/resenha.aspnitem=5102393&sid=9122224201492938133672360

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

A vitória se desenha.De passo em passo chegaremos lá.

Assunto: Blog Dr Maia Mais um grande passo 24/09/2012
Mais um grande passo
Postado por  sob Uncategorized 

O Doutor Jamil acabou de despachar na Execução Provisória, deferindo boa parte dos pedidos feitos por nós.
Assim determinou o juiz:
(…) Por fim, já não se justifica qualquer providência preliminar para cumprimento da decisão de antecipação de tutela, seja porque já teve início de cumprimento, posteriormente suspenso pelo Supremo Tribunal Federal, seja porque há notícia de ingresso de numerário nos cofres da União sem previsão orçamentária, em razão de acordo extrajudicial. suficiente para satisfação da dívida mensal.
Portanto, defiro o pedido de execução provisória, e para assegurar o cumprimento da decisão,

a) comino à União penalidade pecuniária, no valor de R$ 220.00,00 (duzentos e vinte mil reais), equivalente a 1% (um por cento) do montante presumível da dívida mensal, o que se me afigura absolutamente razoável na espécie. por dia de atraso, a partir do 16º dia da intimação.

b) determino à União que, sem prejuízo de outras fontes, todos os recursos provenientes do acordo celebrado entre a União e o Grupo OK, noticiado na petição de execução provisória recursos que se encontram fora de qualquer previsão orçamentária, sejam destinados ao cumprimento da antecipação de tutela;
Cite-se e intime-se a União, para a defesa e cumprimento da decisão, no prazo de 15 (quinze) dias, a contar da intimação, inclusive para informar ao juízo sobre as providências adotadas para o efetivo cumprimento da decisão do TRF. (…)

Ou seja, como não houve cumprimento espontâneo da sentença, foi preciso o pedido de execução provisória para forçar o pagamento. O juízo da 14ª Vara Federal entendeu que não há motivo para o não cumprimento da decisão, determinando as providências que relatamos acima. O Juízo, na omissão da União, determinou que a verba obtida por meio de acordo entre a AGU (União) e o Grupo OK deverá ser destinada para o pagamento da antecipação de tutela. Eis o link onde a AGU noticia o acordo com o Grupo OK:  http://www.agu.gov.br/sistemas/site/TemplateTexto.aspx?idConteudo=208711&id_site=3

Quanto à multa, o Juízo entendeu por majorá-la para R$ 220 mil por dia, a partir do 16º dia após intimação da União nesse processo de execução provisória, já que foi concedido o prazo de 15 dias para a comprovação cabal do pagamento. Vamos lutar, também, pelo pagamento da multa de R$ 60 mil pelos dias que já passaram.
Por fim, foi concedida tramitação prioritária no processo de execução provisória, pois presume-se que a maioria dos participantes possui mais de 60 anos de idade.
Ainda estamos estudando a decisão, que acabou de sair, mas aparentemente as notícias são ótimas, o que significa que estamos caminhando e em breve chegaremos ao que tanto buscamos.

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Quando o orgulho é muito devemos calar, jamais omitir: Meu filho Estrela pelo mundo.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Todo Cuidado é pouco.

Alerta:
Para aqueles que receberam e-mail sobre revisão do INSS. Fiquem espertos. Ontem, estive na Rua Beneditinos, 10/12º- Centro do Rio -, na Associação dos Aposentados do INSS do RJ, para saber se eu fazia jus à revisão. Surpresa: uma "consultora" me atendeu dizendo que não só tinha direito, como estaria enquadrada em 3 categorias que me beneficiariam...Aí veio o golpe. Queriam que eu pagasse a
diantado R$1.890,00. Isso mesmo. Essa grana eles aceitariam, inclusive em cartão de crédito. Lógico que questionei o pagamento antecipado. Resposta: precisamos pagar a pessoa que fará o laudo. Não é um espetáculo tamanha farsa? O pior: os velhinhos humildes que lá se encontravam estavam pagando R$1.500,00. Crédulos, os coitados. Talvez por eu estar mais bem vestida, julgaram que meu poder de fogo fosse maior. Quem dera...quem dera acreditar em algum advogado que venha efetivamente lutar por nossos direitos. Jamais na corja que espolia os aposentados brasileiros. Eu não, i take my body out.


Caso você queira consultar se tem direito a algum reajuste, siga o link: 
http://www.previdencia.gov.br/conteudoDinamico.php?id=1125

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Superação


DA ÁGUA PARA O VINHO
No desastre da Serra do Mar, a serra virou mar...  Mar de lama, corpos, desabrigados e carros amontoados.
Naquele 12 de janeiro, o Rio de Janeiro assistiu estarrecido o pior deslizamento da história do país. A combinação de fortes chuvas com condições geológicas características da região, aliadas a ocupação irregular, provocou uma verdadeira tsunami, levando na sua cauda árvores e pedras. As casas viraram móbiles ao sabor do desvario da natureza. Dezenas de pessoas foram carregadas nos ombros do barro pavoroso. Mortos multiplicavam-se. A desgraça não dava trégua, desfazendo famílias, casas e sonhos.
Eu não conseguia sair de casa. Sofria as dores dos habitantes a cada take televisivo. Mas uma cena em especial tirou-me o fôlego: - a Pousada Tambo Los Incas fora arrasada, tendo as águas alcançado o teto do estabelecimento. Estabelecimento? Não, não pode ser classificada desse modo. O lugar era um pedaço do paraíso. A construção rústica, aliada ao conforto do moderno, foi a antiga Fazenda Santo Antônio da Providência e guardava a história da origem da pousada, como consta no antigo site: - A idéia que deu origem ao Tambo Los Incas começou a se delinear no inicio da década de 1980, quando o seu fundador, Zizinho Leite Garcia, retornou de uma estadia em Lima, no Peru. Apaixonado pela cultura inca, Zizinho conseguiu trazer na mala do seu Chevrolet, em 3 longas viagens, uma pequena, mas expressiva, coleção de cerâmicas pré-colombianas ou huacos – hoje expostas na sala principal da pousada. Deu à sua pousada o nome de Tambo que, na língua quéchua, falada pelos antigos incas, significa um pouso para o descanso, uma cabana com água e comida em abundância.”  Eu estive lá várias vezes e a paixão pelo lugar, atendimento, quartos com móveis originais de época, adega e restaurante de tirar o chapéu e deixar a baba escorrer, davam-me a certeza que o “conjunto da obra” pertencia ao gênero estupendo. O vigia conseguiu safar-se a tempo, mas o que ali estava de material virou maçaroca indescritível. Não sobrou garrafa de vinho sobre pedra, móveis sobre barro, gansos sobre lama, tocheiros sobre água. O paraíso ganhara ares de inferno. E meus fins de semana mais pobres.


O tempo passou, mas jamais a lembrança do lugar. Insistente que sou, resolvi neste domingo verificar se a Pousada havia reaberto. Subi a serra e em pouco tempo já estava no Vale do Cuiabá. A poucos metros da pousada uma casa/restaurante chamou-me a atenção. Linda e amarela entre os ciprestes. Continuei. A visão do lugar devastado mordeu de jeito a beirada da alma. Agora, só as fotografias tiradas em minhas idas àquele lugar poderiam preencher o vazio. Só restara a entrada de pedra. Ali, dei meia volta com o carro. O estômago já roncava e o olhar comprido para o que vira antes na estrada me fez estacionar em frente ao Restaurante 2 Vales, aquele da casa amarela.
Meu pé parou quando a porta do lugar foi aberta. Deslumbrante! Não tive dúvida em dizer ao maitre que estava à procura de um bom restaurante. Ele sorriu, simplesmente. Escolhida a mesa, ele trouxe o cardápio e a carta de vinhos. Abri o primeiro e choquei. Nele constava a história do restaurante. Pasme. A equipe do lugar é composta pelos antigos funcionários do Tambo Los Incas, que se reuniram após a tragédia para dar continuidade àquilo que sabiam fazer: - atender com sofisticação e brindar os clientes com produtos de qualidade.
A determinação, coragem em enfrentar desafios, capacidade de trabalhar harmoniosamente em equipe foram recompensadas pelos clientes assíduos como o arquiteto e decorador de interiores Chicô Gouveia, que os brindou com uma decoração original e elegante.
O lugar é dos deuses e a equipe composta por Wellington, André, Angelo, Sergio, Marilene, Rita e Regina merecem um lugar ao sol de Itaipava. E eu fins de semana inesquecíveis. E não a toa o restaurante localiza-se no Vale da Boa Esperança.







                               
2 Vales Restaurante & Deli
Estrada Ministro Salgado Filho, nº 255 – Vale da Boa Esperança – Petrópolis
(24)2222-0753

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Estrela Brasileira novamente em primeiro lugar.



Curtiu · há 6 horas 

Os mais vendidos da KBR em setembro
1. Estrela Brasileira
2. O Capitalismo Humanista
3. Quando dois caminhos se encontram
4. (Trans)modernidade e mediação de conflitos
5. Formigas de Camisetas Pretas
6. Eu, Xamã
7. Freud e sua longa viagem morte adentro
8. Dicionário de Administração
9. O Cotidiano da Espera
10. Hierosgamos
 

O caso Aerus repercute até na Itália


Caro Davide, come già accennato telefonicamente, per renderti conto ti prego di visualizzare questi link:
youtu.be/zrbjHhTnTNC youtu.be/H6qAO1W0knk
sono gli ultimi,ma ce ne sono tantissimi.
La Signora Claudia Vasconcelos autrice del libro "ESTRELA BRASILEIRA" uscito nel mese di agosto, primo nelle vendite nel Brasile,stà conducendo una lotta per tutti i pensionati del trasporto aero brasiliano,tra cui molti italiani residenti nel Brasile, dato che la colonia italiana è una delle più grandi.
Il supremo tribunale brasiliano, con la sentenza a dato ragione e autorizzato al pagamento, ma ilGoverno fa orecchie da mercante, da considerare che la compagnia Varig è stata fatta fallire proprio dal governo dell'ex presidente Inacio Lula Da Silva nel 2006.
Certo di un tuo interessamento al fine divulgare queste malfatte verso l'opinione pubblica,visto che non si parla quasi mai di quello che succede all'estero.
Il presente è copiato anche alla Sig.ra Vasconcelos,che per qualsiasi chiarimento è a disposizione.
Grazie e buon lavoro.

Paolo Gallozzi

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Últimas notícias do AERUS.

Do blog do Dr. Castagna Maia:

Execução provisória

Postado por  sob Uncategorized
Amigos, as notícias são as seguintes:
Após nossa série de pedidos, o Juízo da 14ª Vara Federal decidiu por dividir o processo da seguinte forma:
a) A ação civil pública continuará sua tramitação normal, com a análise dos embargos de declaração das partes, apresentação das apelações e remessa ao TRF1. Nesse processo será discutido apenas o mérito da causa, ou seja, a responsabilidade da União sobre a quebra do Fundo.
b) O processo de execução provisória (que foi formado hoje) deverá discutir apenas a antecipação de tutela. Nesse processo é que serão analisados os pedidos que fizemos na semana passada. Hoje foi determinada nossa intimação para juntarmos as peças processuais que entendemos necessárias para instruir o pedido de execução provisória. Amanhã já devolveremos o processo com a petição e cópia dos documentos.
Essa medida adotada pelo Juízo é interessante, já que somente na ação civil pública temos mais de 4 mil folhas. Ou seja, essa separação de matérias (mérito e antecipação de tutela) irá acelerar a tramitação de ambos os processos, possibilitando decisões mais rápidas para exigirmos e forçarmos juridicamente o cumprimento da antecipação de tutela.
Quanto à suspensão de liminar em tramitação no TRF1, ainda não temos confirmação da data de julgamento do agravo da União. A próxima data possível é 20 de setembro, dia da próxima reunião da Corte Especial, mas ainda não está confirmada sua inclusão em pauta.
Por fim, mais uma vez peço que não levem em consideração e-mails que andam circulando com informações equivocadas com a nítida intenção de confundir e causar desespero.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

OS EXCLUÍDOS


OS EXCLUÍDOS
Não, não me chamou a atenção o fato da presidente Dilma falar sobre a diminuição da tarifa de luz, tampouco se era uma notícia eleitoreira. O que me fez cravar os olhos na tela da TV no dia 6/9/12, à noite, foi o fato de não haver nenhuma pessoa para fazer a mensagem dos sinais dos surdos e mudos, ali no cantinho da tela. Não deixava de ser um sinal. Um sinal claro que o Governo não tem fala, nem mesmo olhos para os ditos excluídos. E, pasme, justamente na época de encerramento das Paraolimpíadas, em Londres. Aqueles atletas que deixaram os fortes e “sem defeitos” no chinelo em termos de dedicação em suas atividades e deram ao Brasil um honroso 7º lugar no ranking de medalhas. Só para comparar, veja o quadro abaixo:

Precisa explicação? Então, vamos lá: esses atletas lutam diuturnamente para alcançarem seus objetivos, enfrentam transporte público, não têm o empenho do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) dispensado aos “normais” e sequer patrocínio que lhes garanta um lugar ao sol que tanto merecem. São paparicados tão somente ao abocanhar medalhas. Aí, são recebidos por autoridades que querem tirar fotografias com os heróis, são apresentados em entrevistas de pouca duração, fazem uma propaganda comercial ou outra, e... deu. Depois são esquecidos pelos próximos quatro anos.
Ah! Esse país de tantas expectativas internacionais mostra a cara deslavada nas pernas, braços, olhos que faltam nos risonhos vencedores.
Isso não é novidade para nós, os variguianos/aposentados e pensionistas do Aerus. Não é mesmo. Enquanto demos divisas à União, éramos tratados a pão de ló. Após a intervenção de nosso fundo de pensão e a Varig foi falida, viramos massa de manobra jurídica. Não importa se a maioria de nós é composta por pessoas com mais de 70 anos. Velho não dá ibope. Idosos morrem logo e o assunto está esquecido. Péra aí, não é bem assim. Temos um passado glorioso, histórias que engrandecem a Nação e fomos reconhecidos como os melhores do mundo num passado recente. O que que há? Estão pensando que já vestimos e mortalha, que botamos nossos uniformes de molho e os Ícaros de nossos brevês na caixinha do esquecimento? Nãnãninãnão. Ainda temos pejo, e nossa vergonha é de termos que implorar por aquilo que nos pertence e que ganhamos na Justiça. Mas nem esse pudor nos deterá. Está chegando a hora de cobrarmos com veemência, sem violência, aquilo que nos é de direito. Aguarde AGU e outros órgãos envolvidos. Estamos somente criando estratégias para invadir sua praia. E que esse grito sirva para incentivar os atletas paraolímpicos a terem mais visibilidade, mesmo que sem visão, pernas, braços ou audição.

domingo, 9 de setembro de 2012

País sem memória está fadado à ignorância.


Viagem no tempo09/09/2012 | 08h17

Acervo do Museu da Varig pode ir a leilão

O local está fechado à visitação desde 2006

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Acervo do Museu da Varig pode ir a leilão Diego Vara/Agencia RBS
Foto: Diego Vara / Agencia RBS
Orgulho dos gaúchos durante décadas, a história da Varig corre o risco de não ser conhecida pelas gerações futuras. O acervo do museu da companhia, fechado desde 2006, pode ir a leilão no próximo ano para o pagamento de dívidas.
Mesmo que a reabertura do local seja intenção dos gestores da massa falida, as negociações para que uma organização pública ou privada assuma o material não evoluíram nos últimos anos.
Situado em um hangar na área do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, e cercado por um muro, o local abriga peças de valor inestimável para a aviação brasileira, como o primeiro bilhete emitido pela Varig, o primeiro simulador de voo e antigos uniformes da companhia que reinou durante anos no céu do Brasil.
Conforme os atuais gestores da massa falida da companhia, responsável pela guarda do museu, a maioria dos itens está protegida por redomas de vidro, como ocorria quando o local estava aberto ao público e visitas periódicas são realizadas para manutenção e limpeza.
A peça que desperta maior interesse, porém, é o antigo DC-3, prefixo PP-ANU, que repousa em um terreno do estacionamento de uma empresa de guindastes. A fuselagem está em bom estado de conservação, mas a aeronave apresenta sujeira e musgo, resultado da ação do tempo. O acesso à cabine está protegido por um cadeado, mas é possível notar a necessidade de reforma nas poltronas. Todos os meses aparecem pessoas — inclusive do Exterior — pedindo para acessar o terreno e tirar fotos do avião.
Ao lado do DC-3 está um tanque extra de combustível de um avião Super Constellation, utilizado para longas distâncias. Ao lado do avião há duas placas de bronze. Em uma delas, está uma frase do ex-presidente Getúlio Vargas que diz: "A aviação é a predestinação histórica dos brasileiros".
A reabertura do espaço, no entanto, não será fácil. O acervo está sob o controle da massa falida da empresa e o processo judicial está na 2ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), aos cuidados da juíza Márcia Cunha. Os interessados em assumir o museu devem encaminhar um projeto, que será analisada pela juíza e pelos representantes dos credores. Segundo o gestor judicial da massa falida da Varig, Jaime Canha, nada foi formalizado até agora e se a questão não evoluir, o acervo corre o risco de ser leiloado no primeiro semestre do próximo ano.
— Nossa intenção é que todos esses itens sejam assumidos por alguém que tenha responsabilidade e cuidado adequado. A memória da Varig agradeceria isso — afirmou.
Atualmente, existem cerca de 10 mil credores trabalhistas da antiga Varig e desde dezembro passado começaram os leilões de bens da empresa para o pagamento de dívidas. O valor arrecadado no último leilão, realizado em junho, foi de R$ 22,6 milhões, envolvendo basicamente a negociação de imóveis. Na ocasião, seis aeronaves sucateadas (modelos Boeing 727 e 737) foram adquiridas por R$ 153 mil. Em outubro, devem ser leiloados outros imóveis da empresa.
PUCRS tem interesse no acervo
Disposição para assumir o acervo é o que não falta para o diretor da Faculdade de Ciências Aeronáuticas da PUCRS, professor Elones Ribeiro. A ideia surgiu logo após o encerramento das operações da Varig e a universidade chegou a formalizar uma carta de intenções, mas o processo não avançou. Os itens ficariam dentro do Museu de Ciência e Tecnologia da instituição de ensino.
O antigo avião DC-3 seria recuperado e colocado em frente ao prédio. Além disso, o material também serviria para os alunos da disciplina de História da Aviação, dentro da faculdade. Os recursos para viabilizar o projeto seriam obtidos com fundos de pesquisa.
— Gostaríamos de trazer todo o material para a universidade, pois tudo o que está no museu é muito importante para a história da aviação comercial brasileira — ressalta o professor.
Também para a memória do povo gaúcho a reabertura do museu seria fundamental, conforme assinala a coordenadora da Comissão de Graduação da Faculdade de Museologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Lizete Dias de Oliveira. Segundo a professora, a capital gaúcha conta com um bom número de museus, mas o espaço seria um acréscimo substancial.
— A Varig foi uma empresa muito importante para o nosso Estado e por isso seria relevante dispor de um museu que reconte a história da companhia e demonstre a relevância dessa instituição no Brasil e no século 20 — enfatiza.

sábado, 8 de setembro de 2012

Porque recomendo.


BILL DOG
Ao dar os primeiros passos em direção a bilheteria do Teatro Municipal Café Pequeno, eu fui abordada por uma mulher de uns 40 anos. Perguntou-me se eu iria assistir a peça, com a resposta afirmativa indagou-me se eu não tinha ingresso sobrando.  -Não, não tenho. -Estranhei.
Após pegar os dois convites, ainda permaneci alguns minutos em frente ao teatro. Ali, tive a oportunidade de presenciar a mesma mulher “atacar” insistentemente todos os que chegavam com a mesma pergunta.
Os olhares do porteiro, segurança e bilheteira eram inequívocos: eles estavam tão surpresos quanto eu com a atitude da desconhecida, que balançava as pernas e cabeça entre um pedido e outro. O vestido dela de estampa chamativa oscilava a cada movimento, bem como os cabelos lisos de tamanho mediano.
Sem aguardar o desfecho, entrei no teatro. O diretor da peça Bill Dog, Guilherme Leme, gentilmente havia reservado a primeira mesa para mim. Instalei-me ali, para em seguida solicitar uma tábua de frios – esse é o grande diferencial dos demais teatros: um bar que serve os espectadores com comidas e bebidas de qualidade e atendimento primoroso dos garçons.
O teatro de quase arena estava lotado, mas ao término do segundo aviso sonoro vi a figura estranha adentrar o ambiente. Tinha conseguido seu intento.
O músico Márcio Tinoco entrou com chapéu, sentando-se com seu violão na cadeira lateral ao palco. O ator Gustavo Rodrigues apareceu em cena totalmente vestido de preto: sapatos, calça, camiseta e gabardine. Daí em diante, tudo que se tem de adjetivos para descrever uma atuação brilhante não preenche o domínio das técnicas de encenar, a figura eletrizante, os gestos estudados que cumprem a risca seu papel, os sons emitidos, o suor em profusão, o absoluto controle do texto, o exato timing de cada fala e olhares, enquanto Márcio Tinoco toca com seu violão cada marcação da peça.
Genial! Genial em todos os segmentos quer seja a direção espetacular de Guilherme Leme – que vem dando banho em sua segunda atividade, pois como ator é referência -, como a atuação irretocável de Gustavo Rodrigues, além da trilha sonora, iluminação, etc. Ou seja, uma peça que não se pode deixar de assistir. Não à toa que é um hit cult londrino.
Terminada a apresentação, público em delírio e em pé aplaudindo. Eis que surge ela, a criatura entrona, bem em frente a mim. Novamente com espanto a escuto perguntar se ela poderia comer os frios que haviam sobrado na tábua. Estupefata, concordei. Testemunhei a mulher engalfinhar-se no salaminho. Assustada com tal despautério, saí da mesa para cumprimentar e agradecer a Guilherme. No trajeto, constatei que a sujeita com a boca ainda cheia atracou-se nos salgadinhos que sobraram de outra mesa, além de pegar um copo meio cheio de vinho e sorvê-lo com cara de deleite, misturado ao olhar de “pouco se me dá” para os circundantes.
É, naquele sábado, 1/9/12, assisti o inusitado. A tresloucada – ou sabidona? – “comer” a peça Bill Dog, que é uma peça inigualável,  a qual eu comi com meus sentidos.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Vamos a luta.

                                                               O Ovo da Serpente

O glamour, o inusitado, os pernoites nas mais lindas cidades do mundo, a hospedagem nos hotéis cinco estrelas, as compras nas melhores lojas, o ótimo salário, a empresa vigorosa adquirindo aviões moderníssimos e inaugurando novas rotas, com serviço de bordo requintado, os colegas sorrindo e prestando atendimento de primeira, os funcionários e famílias viajando no conforto de suas passagens com desconto foram fatos que nos deixaram as melhores lembranças.
Mas o fato que, por certo, jamais esqueceremos foi a nossa total alienação com o destino de nossas caras contribuições ao Fundo de Pensão AERUS, que prometia uma aposentadoria generosa. Simplesmente acreditávamos na lisura da administração das mesmas. E prosseguíamos “voando”. O céu era de brigadeiro... até sermos atingidos pelo míssil da derrocada da Varig. Faltava caviar, limão, açúcar, filtro de café e o próprio café, adoçante, chá e outros quesitos antes colocados a bordo com precisão japonesa e, se não bastasse, os aviões andavam em lastimável estado de conservação, fazendo com que os comissários se virassem nos trinta para arranjar soluções para não espantar de vez os clientes, que ainda insistiam em voar com a Estrela Brasileira. A dedicação era total e inequívoca, tanto dos tripulantes como dos funcionários de terra.
Nem assim, os ingênuos e crédulos funcionários atentaram para a possibilidade de malversação de nosso quinhão contributivo. Enquanto isso, o OVO da SERPENTE se desenvolvia na barriga do Aerus, a Varig não só não mais contribuía com sua parte, mas fazia contratos ilegais com o Fundo, com a aquiescência da Secretaria de Previdência Complementar.
De abril de 2006 até os dias atuais, viu-se o esgarçar das leis em detrimento dos funcionários, a eterna promessa de solução a vista. Enquanto isso, os funcionários foram definhando, adoecendo, morrendo de angústia de promessas não cumpridas. Estamos na beira dos 700.
Entre no cenário do primeiro parágrafo...Felicidade era nosso nome. Agora, com empenho, adentre o segundo parágrafo, absorvendo a desventura. Não basta! É preciso que você saiba que o comportamento covarde dos mandatários do Aerus em não divulgar o que estava sendo urdido não permitiu que soubéssemos a tempo e tomássemos providências para que nosso não patrimônio virasse pó.
Veja com miudeza de detalhes que os funcionários da Varig não perderam somente a “mãe” que os mantinha, mas toda a expectativa de viver com decência seus dias de aposentado. Foi-lhes tirada a esperança. E foram morrendo, como pássaros sem asas, murchando quais flores da morte, com seu cheiro que afasta as pessoas. Qual assunto conversar com amigos quando se tem uma dor infinda? Ninguém quer saber de desgraça. Assim, também os amigos de última hora se afastam, prenunciando um papo chato, ou provável ajuda pecuniária. Claro, pois não há dinheiro para a compra de remédios, tampouco para o plano de saúde e quem sabe até para o mercado.
Sim, fomos alienados por acreditarmos. Mas agora que sabemos o que ocorreu e que ganhamos liminar garantindo que a União é a responsável por nossas aposentadorias e pensões até novo embate jurídico, somos pegos com a notícia que o dinheiro a ser recebido nos próximos dias virá sem o cumprimento de tal liminar, o que fazer?
Somos VELHOS. Isso significa que a juventude não mais habita nosso corpo e a saúde não é companheira confiável. Somos antiquados, desatualizados, obsoletos? No way, somos guerreiros sem elmo e cara machucada de tanto levar porrada. O corpo deteriora, mas nossa garra vai além, porque não somos poucos e tampouco pouco fizemos. Somos os diplomatas do Brasil que precisam largar sua elegância e tomar conta dos prédios governamentais, como fazem os MST da vida. Quem sabe assim o Governo Federal, seus juízes e pares nos enxerguem e façam valer o que nos é de direito.
O Governo optou por ajudar a matar a Varig, colocou o Aerus sob intervenção e fecundou o ovo da serpente.
Se eles mostraram-se monstros, não sabem o monstro que podemos nos tornar.
Agora, leitor, você já tem alguns itens para raciocinar comigo. Somos ou não merecedores do que é nosso?

Nota: A expressão Ovo da Serpente é utilizada como metáfora para exprimir a constatação de um mal em processo de elaboração de incubação. No desenvolvimento do ovo, pode-se acompanhar a lenta e inexorável evolução do monstro que irá nascer.

Cláudia Vasconcelos
Comissária da Varig por trinta anos
Autora do livro Estrela Brasileira
03/09/2012