Capa do livro

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sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

José, Maria e Jesus


Quando iniciei a escrever o "Estrela Brasileira" ele sequer tinha título, nem depoimentos, só lembranças meio desorganizadas. Ao citar para algumas pessoas minha intenção em fazer tal livro muitas vezes um olhar de descrédito acompanhava as palavras meio benevolentes do interlocutor. Nos três anos e meio que antecederam a publicação fiz catarse diariamente, chorei em cima dos manuscritos, tive raiva pelo trágico desfecho da empresa que me acolheu, bebi, fumei, me recolhi a uma solidão imposta pelo ofício de escritora, enterrei olhos no computador, me joguei de corpo e alma nas pesquisas, pedi com humildade aos passageiros VIPs que depusessem sobre suas experiências em voar Varig, bem como fiz quase o impossível para contar com a boa vontade de alguns colegas de profissão, gerentes e diretores em relatar fatos relevantes de sua vida laboral, investi muito nas longas transcrições no momento que deveria ter cautela, face a intervenção do Aerus. Nada me demovia, pois a essa altura o livro inconcluso já havia me salvado de profunda depressão, driblei-a com as palavras me atropelando. E, por fim, quando o projeto tornou-se realidade enfrentei a dificuldade em encontrar editora que acreditasse na potencialidade do Estrela, que não se tratava de um livro qualquer. Qual nada, mesmo tendo feito um filmete (postado no youtube em 16/11/2009) pedindo ajuda para publicá-lo não houve retorno. No entanto, em 2011 uma escritora me recomendou uma editora. Não tive dúvida, subi a serra e em Itaipava vi a possibilidade de publicar, desde que bancasse todas as despesas, e não foram poucas, para transformar sonho em realidade. Comecei com o ebook e depois o livro impresso  e não me arrependo sequer um minuto sobre meu propósito. A primeira noite de autógrafos - 27/5/11 - foi um sucesso. E eis-me aqui para agradecer. Como retribuir o apoio, a atenção, a expectativa, a disponibilidade em ler, o feedback, a recomendação, a presença nas noites de autógrafos, a alegria, a confraternização, os olhares de cumplicidade, as palavras ditas e escritas? Nesse caso não há palavras, mas um profundo respeito por todos que fizeram do Estrela Brasileira um sucesso. Se José, Maria e Jesus eram tripulantes eles certamente irão trazer-lhes luz e proteção na Noite de Natal e em todas de suas vidas. Muito obrigada!
Cláudia Vasconcelos

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