Falta de limites
É surpreendente ou inaceitável?
No Brasil de
2013 por acabar, século 21, a constatação da falta de limites em diversos
segmentos da sociedade surpreende por seus protagonistas usarem sempre os
mesmos argumentos.
Eu poderia
escrever um tratado sobre a questão, mas prefiro uma sinopse. Vejamos:
1-
O STF aceitar os tais embargos infringentes
(segundo o Aurélio, embargo é aquilo que impede, embaraça, empecilho,
obstáculo, dificuldade; já infringente é desobedecer a, violar, transgredir,
desrespeitar uma lei, um regulamento, um uso, uma norma) dos políticos, civis e
entidades financeiras envolvidos no maior escândalo de desvio de dinheiro
público e corrupção. Ora, se o país inteiro assistiu boquiaberto o
escancaramento do escárnio com que maracutaias foram executadas nos salões
palacianos, como pode ministros de toga impingirem à Nação tal propósito? Surpreende?
Tudo tem limites? Ou não? Se não acreditarmos no órgão máximo da justiça
brasileira, em quem iremos acreditar? Isso
é inaceitável.
2-
Há 15 anos quando a concessionária assumiu a
SuperVia-Trens Urbanos no Rio de Janeiro pediu a população que tivesse
paciência que em 4 anos toda a frota seria trocada e não haveria mais
interrupções do serviço. Pois bem, nesse trajeto temporal vimos assistindo surpresos o sucateamento das
composições, dos serviços (ou desserviços?), da falta de limites no que
concerne ao respeito à população mais carente, que precisa se locomover para
trabalhar (são essas pessoas que alavancam a economia formal e informal). Esse
segmento da sociedade é tratado como gado de má qualidade e ainda é obrigada a
escutar do presidente da tal concessionária que em mais 4 anos tudo estará
solucionado. Se é concessionária ( que recebeu do governo estadual a outorga de
direito a explorar tal serviço) porque motivo não é descrendenciada? Aí tem... E a mídia relata e enfatiza a fúria do povo
quando vê seu direito de ir e vir ser interrompido? Tenha dó. Tudo tem limites?
Ou não? Isso é inaceitável.
3-
Surpreende
saber que uma menina mata a outra por não gostar de seu perfume em pleno pátio
escolar. Aí aventam que a falta de limites não é dada pelos pais, pode ser
também, mas em um país onde as instituições estão podres como a família é
estruturada? Sem saúde, sem educação de qualidade, sem segurança? Sempre ouvi
dizer que o exemplo vem de cima, mas que CIMA é esse, só se for de Deus, pois aqui
embaixo no país verde e amarelo não temos em quem nos espelhar, o cheiro fétido
toma as ruas e vielas da nação de chuteiras que nem gol faz. Isso é inaceitável.
Cláudia
Vasconcelos é uma cidadã sem esperanças nas instituições brasileiras.
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