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quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Falta de limites

Falta de limites
É surpreendente ou inaceitável?
No Brasil de 2013 por acabar, século 21, a constatação da falta de limites em diversos segmentos da sociedade surpreende por seus protagonistas usarem sempre os mesmos argumentos.
Eu poderia escrever um tratado sobre a questão, mas prefiro uma sinopse. Vejamos:
1-      O STF aceitar os tais embargos infringentes (segundo o Aurélio, embargo é aquilo que impede, embaraça, empecilho, obstáculo, dificuldade; já infringente é desobedecer a, violar, transgredir, desrespeitar uma lei, um regulamento, um uso, uma norma) dos políticos, civis e entidades financeiras envolvidos no maior escândalo de desvio de dinheiro público e corrupção. Ora, se o país inteiro assistiu boquiaberto o escancaramento do escárnio com que maracutaias foram executadas nos salões palacianos, como pode ministros de toga impingirem à Nação tal propósito?  Surpreende? Tudo tem limites? Ou não? Se não acreditarmos no órgão máximo da justiça brasileira, em quem iremos acreditar? Isso é inaceitável.
2-      Há 15 anos quando a concessionária assumiu a SuperVia-Trens Urbanos no Rio de Janeiro pediu a população que tivesse paciência que em 4 anos toda a frota seria trocada e não haveria mais interrupções do serviço. Pois bem, nesse trajeto temporal vimos assistindo surpresos o sucateamento das composições, dos serviços (ou desserviços?), da falta de limites no que concerne ao respeito à população mais carente, que precisa se locomover para trabalhar (são essas pessoas que alavancam a economia formal e informal). Esse segmento da sociedade é tratado como gado de má qualidade e ainda é obrigada a escutar do presidente da tal concessionária que em mais 4 anos tudo estará solucionado. Se é concessionária ( que recebeu do governo estadual a outorga de direito a explorar tal serviço) porque motivo não é descrendenciada? Aí tem...  E a mídia relata e enfatiza a fúria do povo quando vê seu direito de ir e vir ser interrompido? Tenha dó. Tudo tem limites? Ou não? Isso é inaceitável.
3-      Surpreende saber que uma menina mata a outra por não gostar de seu perfume em pleno pátio escolar. Aí aventam que a falta de limites não é dada pelos pais, pode ser também, mas em um país onde as instituições estão podres como a família é estruturada? Sem saúde, sem educação de qualidade, sem segurança? Sempre ouvi dizer que o exemplo vem de cima, mas que CIMA é esse, só se for de Deus, pois aqui embaixo no país verde e amarelo não temos em quem nos espelhar, o cheiro fétido toma as ruas e vielas da nação de chuteiras que nem gol faz. Isso é inaceitável.
Cláudia Vasconcelos é uma cidadã sem esperanças nas instituições brasileiras.


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