Capa do livro

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sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Quando o elogio vem de um escritor


Prezada Cláudia,
Estou me deliciando com seu livro. Não sei se você leu uma crônica que escrevi no sábado para a KBR chamada “A arte de cortar palavras”, que é uma crônica na qual abordo meu modo de entender literatura, como a arte de simplificar, com linguagem corrente, direta e nada de palavras que demonstram falsa cultura e que não usamos no dia-a-dia e algumas, nem sei o que significam.
E o seu estilo é exatamente o que me encanta e é a marca registrada de quem sabe escrever:– simplicidade.
Seu livro me toca porque a Varig, também faz parte da minha vida. Meu primeiro sogro era o gaúcho Carlos Machado, o famoso “Rei da Noite”. Juntos escrevemos um livro chamado “Memórias sem maquiagem”, grande sucesso de venda e que se transformou em um referencial quando o assunto é os anos dourados do Rio de Janeiro. Foi baseado nele que a Globo fez o especial “A.E.I.O.Urca”, que era o grito de guerra do cassino da Urca. Meu amigo, coisa de amigo, Ruy Castro, o considera o melhor livre sobre a vida noturna do Rio e o cita em suas fantásticas biografias.
Machado era amigo íntimo do Ruben Martin Berta, depois de sua morte em 1966, mantinha já uma ótima relação com Erick de Carvalho. A Varig patrocinou a ida de todos os shows do Machado para os Estados Unidos, inclusive o famoso no Rádio City Music-Hall, de Nova York, México, Argentina e alguns menores nas convenções internacionais da Varig. Quando inaugurou mais uma de suas boates, o famoso Fred’s, no Leme, colocou no teto uma cauda de avião da Varig, que iluminada à noite era vista em toda a orla. Berta, Erick e outros diretores estão presentes em vários momentos do livro, duas fotos com eles e um capítulo inteiro dedicado ao seu grande amigo Ruben Berta. Quando o livro saiu, Adoniran Araújo, que era relações públicas da empresa ficou de tal maneira encantado com o conteúdo que nos presenteou com seis passagens, na classe executiva entre Rio e qualquer cidade operada pela Varig.
Machado não mais viajada e acabei usando todas.
A loja da Varig no Champs-Élysees era considerada como a verdadeira embaixada brasileira.
Tenho uma amiga querida, gaúcha como você, que foi comissária da Varig durante muitos anos, Lolita Massagnani Florez e seu marido, o saudoso Sérgio Florez, comandante, era meu velho companheiro de mergulhos e pescarias em Angra dos Reis, onde ficava hospedado na casa deles.
E a Varig tinha, além disso, uma sensacional classe econômica, sem a ganância de espremer passageiros, como faz a American, a KLM e a Air France que é a companhia que mais uso, principalmente depois que criaram a classe Premium, que não custa o preço extorsivo da classe executiva.
Companheira da KBR, desculpe o tamanho da mensagem, mas seu livro além de muito bem escrito, me está fazendo um pouco como Proust: - estou realizando uma busca pelo tempo perdido.
Um abraço,
Paulo de Faria Pinho

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